Guia Completo sobre rótulos de alimentos: importância, regras e mais!

Na hora de adquirir um novo produto, os rótulos de alimentos têm papel indispensável na satisfação e segurança do consumidor. Isso porque, a rotulagem é o caminho mais curto entre o produtor e o cliente final, dando não somente identidade ao alimento que está sendo disponibilizado, como também, impactando as escolhas do indivíduo.

Por essas e outras, é imprescindível que os rótulos de alimentos tenha uma linguagem clara, de fácil compreensão e transparente. Entretanto, na hora de analisar esses pontos, é comum muitas pessoas ficarem em dúvida.

Afinal, o que deve ser observado na hora das compras? Como funciona o processo de regulamentação de rotulagem no Brasil? Essas e outras questões serão respondidas neste post especial. Continue a leitura!

O que são e como funcionam os rótulos de alimentos?

Em um mercado cada vez mais diversificado e competitivo, é importante que os produtos disponibilizados apresentem alguns diferenciais.

Mas como esses detalhes podem ser percebidos por alguém que mal conhece uma mercadoria? É simples: com um bom rótulo de alimentos. Ao investir nesse recurso, é possível informar o cliente com alguns dados precisos a respeito do produto, sendo eles:

• sabor;
• qualidade;
• praticidade.

Aqui, vale ressaltar que, na maioria das vezes, os consumidores já vão às compras com uma ideia muito clara do que desejam adquirir. Entretanto, existem casos em que, com um bom contato visual, o rótulo consegue chamar a atenção — mesmo que aquele produto não esteja em sua lista de prioridades no momento.

Assim, as chances do cliente levá-lo para casa aumenta significativamente, expandindo também, o apelo da marca em diferentes públicos.

Por essas e outras, é essencial que as empresas desenvolvam rótulos capazes de conversar bem com os clientes, despertando o desejo inicial de consumo. Assim, nessa etapa, é preciso considerar alguns elementos básicos, como:

• boa aparência;
• efeito brilhante;
• cores chamativas;
• toque de sofisticação.

O que os rótulos de alimentos devem mostrar?

Muito além do apelo estético, os rótulos de alimentos devem trazer informações valiosas sobre a composição de um produto. Isso diz respeito a:

• lote;
• peso líquido;
• tabela nutricional;
• prazo de validade;
• ingredientes utilizados.

Com esses dados, será possível garantir que o público se informe bem e tenha segurança ao finalizar uma compra.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável por analisar e estabelecer periodicamente as informações relevantes que devem constar na rotulagem de alimentos. A ideia é que, a partir desse mecanismo, seja possível assegurar tanto a qualidade do produto que está sendo ofertado, quanto a saúde de toda a população.

E, caso você não saiba quais são esses elementos cruciais, não se preocupe. A seguir, listamos os principais e falamos um pouco mais a respeito de cada um deles. Anote!

Lista de ingredientes

Os ingredientes são os principais elementos que devem aparecer nos rótulos de alimentos. Até porque, todo e qualquer consumidor antenado deseja saber em detalhes quais insumos está ingerindo.

Sabendo disso, o indicado é que os ingredientes sejam listados em ordem decrescente. Ou seja, é importante que o primeiro elemento listado seja aquele com maior quantidade na formulação do produto.

Ainda, é preciso incluir os alimentos alergênicos, aqueles que causam alergias às pessoas com complicações de saúde. Alguns deles são:

• leite;
• soja;
• trigo;
• ovos;
• crustáceos;
• oleaginosas.

Origem do produto

Além de indicar os ingredientes presentes na composição do produto, é necessário informar quem é seu fabricante e onde aconteceu a produção. Desse modo, será muito mais fácil identificar a procedência do alimento e, caso necessário, contatar a empresa para solucionar dúvidas.

Lote e prazo de validade

Outros dados que não podem ficar de fora dos rótulos de alimentos são prazo de validade e lote. Conforme a Anvisa, é essencial que todo alimento comercializado mostre seu prazo de validade na embalagem, com a ajuda de expressões que facilitem a compreensão do consumidor, como:

• “vencimento em”;
• “consumir antes de”.

Caso o produto vença em um período inferior a três meses, é primordial que essa informação seja expressa no rótulo, com dia e mês de vencimento. Já se o prazo for superior a esse tempo de validade, o período pode ser descrito apenas com mês e ano.

Para promover ainda mais segurança ao público, o produto deve ter rastreamento fácil. Ou seja, ele deve conter o código de identificação do lote em que foi produzido. Em paralelo, é obrigatório que sua embalagem mostre o local de fabricação, apresentando endereço completo, cidade e país.

Tabela nutricional

Os rótulos de alimentos regulamentados pela Anvisa devem contar com a tabela nutricional. Com esse recurso, o consumidor conseguirá saber, com exatidão, os nutrientes que está ingerindo e, a partir daí, fazer escolhas mais saudáveis e adequadas para a sua alimentação diária. Nessa categoria, a tabela deve ter as seguintes informações:

• índice de sódio;
• valor energético;
• índice de proteínas;
• índice de carboidratos;
• índice de fibras alimentares;
• gorduras totais, saturadas e trans;
• percentual do valor diário estabelecido (%VD) para nutrientes listados na tabela nutricional;
• vitaminas e minerais em quantidades iguais ou maiores que 5% da chamada Ingestão Diária Recomendada;
• informação nutricional identificada por meio das medidas G ou ML por porção. Além disso, é necessário identificar a medida caseira correspondente a cada uma delas;
• informações descritas como “não contém” ou “zero”, para destacar as quantidades de nutrientes ou valores energéticos menores ou iguais àqueles determinados pela legislação como “não significativas”.

Lembrando que todos os nutrientes devem ser descritos com o mesmo tamanho de fonte e destaque no rótulo de alimentos.

A Anvisa admite uma variação de até 20%, para mais ou para menos, em relação aos valores indicados nos rótulos de alimentos. Portanto, destacamos que, em muitos casos, os dados indicados pelas empresas não são 100% exatos.

Itens excluídos dos rótulos de alimentos

Conforme a Anvisa, alguns alimentos são excluídos da obrigatoriedade da rotulagem nutricional. Veja quais são:

• vinagres;
• especiarias;
• águas minerais;
• cloreto de sódio;
• bebidas alcoólicas;
• erva-mate, café e chás que não contêm adição de outros componentes;
• alimentos que possuem embalagem de superfície menor ou equivalente a 100 cm²;
• vegetais, frutas in natura, carnes, refrigerados e congelados, exceto os pré-embalados na ausência do consumidor;
• carne in natura, cortada no estabelecimento, até mesmo aquela que está disposta nas bandejas dos refrigeradores;
• produtos preparados e embalados no próprio estabelecimento, prontos para o consumo do público, como sanduíches e sobremesas;
• produtos cortados no próprio estabelecimento, comercializados posteriormente na categoria “pré-medidos”, como queijos e embutidos;

Como vimos ao longo do post, os rótulos de alimentos são fundamentais para que o cliente realize escolhas mais saudáveis e seguras para a sua saúde. Por essa razão, é muito importante que as empresas sigam à risca as leis estabelecidas e suas regulamentações.

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